Apresentamos-lhe ações singelas com gestos concretos que também lhe permitem mudar o mundo
Texto: Esther Silván
De fenômeno adolescente à referência do feminismo

Twitter Emma Watson
É normal amar os atores que interpretam seus personagens favoritos, especialmente quando fazem parte de fandoms tão notáveis, como o Harry Potter tem sido para muitos jovens (e não tão jovens assim). Felizmente para seus seguidores, Hermione Granger tem uma forte representação na atriz que a interpreta, pelo menos em relação ao amor pelos livros. Há mais de um ano atrás, Emma Watson lançou Oursharedshelf, um clube de leitura aberto ao público em todo o mundo cujos tópicos são livros com temas feministas. Para entrar no grupo, você só precisa de uma conta no Goodreads, a rede social dos livros do Google. A atriz inglesa explica que esta iniciativa veio após ser nomeada Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres: «Quero compartilhar tudo que estou aprendendo e também ouvir o que você pensa». O funcionamento é muito simples: todos os meses, um livro sobre a temática é selecionado e na última semana do mês é debatido coletivamente. Nós também vimos Emma Watson escondendo livros no metrô como parte do projeto Books on the underground. Na última vez, ela distribuiu 100 cópias de Mom & Me & Mom, a autobiografia da estadunidense Maya Angelou, pelos cantos do metrô de Londres. Você já imaginou ir trabalhar e, no caminho, encontrar um livro autografado? Existe apenas uma condição: que, quando você terminar de lê-lo, deve deixá-lo no metrô novamente para que alguém possa encontrá-lo.
Mais informações em: www.goodreads.com
Reunião de artistas por uma boa causa
Há 17 anos, María Entrecanales lançou uma iniciativa para ajudar algumas crianças em risco de exclusão social. Hoje a Fundación Balia beneficia mais de 5.000 pessoas na Espanha e conta com mais de 120 empregados e 330 voluntários. Sob o slogan «Fotógrafos con la infancia», a fundação organiza um leilão fotográfico semestral para levantar fundos destinados ao apoio de crianças em risco de exclusão social.

Foto: Fundación Balia
A última edição do leilão «Fotógrafos con la infancia» cfoi realizada no último dia 9 de outubro no Museu Nacional Thyssen- Bornemisza. O evento contou com um total de 20 obras doadas por ganhadores de prêmios nacionais de fotografia, como Joan Fontcuberta, Chema Madoz, Alberto García-Alix, Isabel Muñoz, entre outros. A ideia é oferecer baixos preços iniciais para tornar o leilão atrativo e destinar todos os lucros para projetos de formação, reforço escolar, esportes, etc. Nesta terceira edição, além disso, uma peça muito especial foi leiloada. Qual? Pois bem, ela ainda não existe. Alberto García-Alix retratará a pessoa que fez a maior oferta para esta obra.
Mais informações em: https://fundacionbalia.org/
O gato sagrado dos Andes
O uso de animais silvestres em rituais religiosos faz parte da cultura ancestral dos povos andinos de origem quechua, atacameño e aymara. O gatoandino é, para esses povos, um símbolo de fertilidade e proteção e está intimamente ligado aos chamados “espíritos das montanhas”. É um pequeno felino que vive nas zonas mais altas dos Andes na Argentina, Bolívia, Chile e Peru, cuja sobrevivência está seriamente ameaçada de extinção.
Desde 1999, profissionais desses países trabalham na Alianza Gato Andino (AGA) para a preservação desta espécie e seu habitat natural. O objetivo é difundir conhecimentos sobre o animal e seu habitat através de processos de participação comunitária, conservação e pesquisa.
Uma das principais ameaças à sobrevivência dessa espécie é a caça tanto do gato-andino quanto das presas de que se alimenta. A AGA também luta contra práticas ilegais e inapropriadas na pecuária, agricultura, mineração e turismo, bem como a grande ameaça comum a todos os seres vivos: a mudança climática. Todos os esforços são necessários para garantir a preservação deste animal majestoso que também é uma parte fundamental e compartilhada da tradição dos povos em quatro países dos Andes.
Mais informações em: www.gatoandino.org